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domingo, novembro 25, 2007

Curso Abril de Jornalismo

Fui selecionada para a segunda etapa do Curso Abril de Jornalismo. Yupi!!! Amanhã é a entrevista e nem preciso dizer que o coração está a mil né? Me peguei relendo o texto que escrevi na primeira fase: "Quem sou eu e porque escolhi o jornalismo" e sabem de uma coisa? Me peguei me emocionando comigo mesma. Consegui, realmente colocar tudo o que sinto e sou nessas palavras aí embaixo:
Mineira de Belo Horizonte. Libriana típica: um pouco indecisa, mas que quando decide o que quer, corre atrás com toda garra. Conciliadora, diplomática, sempre pronta para ouvir o que o outro tem a dizer, mas ao mesmo tempo, um pouco impaciente para quem tenta se fazer de vítima ou fica acomodado, sem querer sair do lugar. Gosto de movimento. As mudanças me assustam em muitos casos, mas no fundo, vivo em busca delas.
Desde pequena, em casa, fui incentivada a buscar o meu espaço, a defender o meu ponto de vista, a fazer escolhas. Balé, natação, ginástica olímpica... Música, livros e filmes sempre fizeram parte do ambiente familiar. Ler... ler muito... mergulhar nas histórias, desde O Menino Maluquinho, passando pelos clássicos infantis como Cinderela e Branca de Neve, o Sítio do Pica Pau Amarelo até A Menina que Roubava Livros, nos dias de hoje. Um prazer que me acompanha há uns 18 anos pelo menos, desde que aprendi a ler.
Se a paixão pela leitura, e por histórias no geral, me acompanha desde a infância, a pela escrita foi surgindo aos poucos, mas tão arrebatadora como a primeira. Amo escrever. Ver as palavras ganhando vida no papel expressando, muitas vezes, aquilo que não consigo falar.
Sou alguém que ama. Alguém que não sabe viver sem esse sentimento e, talvez por isso, muitas vezes a vida se torne tão sofrida. Não falo de um amor apenas carnal, mas de amor pela vida, pelas coisas, pela natureza, pelo desconhecido. Em tudo o que faço tem um pouco de amor; se não fosse assim não conseguiria fazê-lo.
Amo minha família, meus sobrinhos lindos. Amo meu avô que se foi há tanto tempo, mas que até hoje dói. Amo as muitas “Tatianas” que há em mim. Sou muitas, assim como Clarice Lispector e, talvez por isso, me identifico tanto com ela. Às vezes penso que gostaria de mudar algumas coisas em cada uma delas, mas aí me dou conta de que tudo isso me torna o que sou. Clarice dizia que “até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”. Concordo com ela. Claro que se é algo que nos prejudica devemos tentar mudar, mas no geral, a maioria de nossos defeitos não são tão graves como enxergamos. Acredito que precisamos é ser um pouco menos críticos com nós mesmos. Pelo menos eu preciso.
Amo a sensação de saber que sou capaz de amar e de me sentir amada. Amo meus amigos. Minha vida não seria a mesma sem cada um deles, perto ou longe... nos momentos de alegria ou de tristeza.
Amo ouvir música e me deixar invadir pela melodia. Simplesmente amo a vida. Amo o passado e as pessoas que fizeram parte dele. Amo o presente e o que faz parte dele e amo o futuro e todas as perspectivas que ele me traz.
Amo minha profissão e, hoje, não me vejo em outra. Mas o jornalismo não foi minha primeira opção. Quando acabei o segundo grau tinha certeza de que queria ser física. Enquanto todos me chamavam de louca eu fui, encarei o vestibular e acabei sendo chamada na UFF. Cursei três semestres e foi o suficiente para ver que, apesar de adorar o assunto, não era aquilo que eu queria fazer o resto da minha vida.
Pensei muito e percebi que o jornalismo era a minha opção. Afinal, escrever fazia parte da minha rotina. Sempre escrevi muito, cartas para os amigos, mesmo aqueles que estavam muito perto, textos sobre as pequenas coisas que acontecem ao meu redor... Além disso, o jornalismo dá a oportunidade de coisas diferentes a cada dia, de contato com pessoas e lugares diferentes. E essa perspectiva sempre me encantou.
Por outro lado, nunca encarei o jornalismo como uma profissão “glamourosa”, que me daria acesso a tudo e a todos, nem como uma arma para mudar o mundo. Mas acredito que podemos, através de nossas matérias, tocar as pessoas, mostrar histórias, ações, denunciar quando for preciso e possível e, dessa forma, dar ferramentas para que as pessoas olhem os fatos de um modo crítico e tirem suas próprias conclusões.