
Doeu, dessa vez doeu pra valer. Te ver parado ali, naquele ponto de ônibus... naqueles poucos segundos em que o ônibus ficou ali parado e eu vislumbrava sua imagem pela janela toda uma gana de sentimentos passaram pela minha cabeça. Um aperto no coração foi o sinal de que algo não ia bem. Como é possível, tantos anos já se passaram, tanta coisa aconteceu, tantas mudanças, mas mesmo assim doeu e doeu muito.
O inesperado sempre machuca a gente. Porque esses encontros não são pré-estabelecidos pela vida? Assim, se soubessemos que iriamos encontrar o ex no dia x da semana y na hora z estaríamos preparados. Seriam meses, talvez anos de preparação, mas pelo menos estaríamos preparados para o acontecimento. Será?
Se bem, que se soubessemos com antecedência, que sem graça seria né? Não teríamos mais aqueles encontros inesperados com o desconhecido, aqueles encontros que bambeiam a perna, em que os olhares se cruzam e que não necessariamente dão em algo, às vezes duram apenas alguns segundos e depois cada um segue seu caminho.
Mas nessa tarde, esse encontro me desconcertou e abriu uma ferida que já julgava fechada. E o que dói não é saber que não deu certo, não é saber que você tem outra, afinal meu namoro atual está cada dia melhor, mas o que dói é a sensação de incapacidade, de falha. O que dói tem a ver muito mais comigo do que com você. E hoje, mais do que nunca eu tenho a certeza disso!
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